Agência Espacial Europeia confirma que módulo Philae está estabilizado e divulga “canto” do cometa

Ontem foi um dia importante para a humanidade: pela primeira vez, uma sonda pousou num cometa. E, apesar de toda a apreensão, tudo correu bem: cientistas confirmaram nesta quinta-feira que o módulo Philae está estabilizado na superfície. Além disso, a Agência Espacial Europeia divulgou uma série de sons captados pela sonda Rosetta. Uau, estamos vendo a história sendo feita.
Depois de mais de dez anos de viagem, ontem a sonda Rosetta chegou ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko e disparou o módulo Philae. Havia o risco de o cometa estar revestido por gelo, o que faria o robô quicar e não se fixar, mas isso não aconteceu - ufa, ainda bem! Cientistas disseram à BBC que a sonda afundou quatro centímetros e se encontra estabilizada — ela até enviou as primeiras fotos da superfície do cometa para a Terra.
A descida do Philae no cometa foi complicada porque dois dos mecanismos que poderiam facilitar o pouso falharam. Aliás, como conta o engenheiro mecatrônico Lucas de Mendonça Fonseca, que trabalhou na DLR, a agência espacial alemã, de 2009 a 2012, e participou dos testes e simulações, o pouso durou bem mais que o previsto: foram 7 horas, contra algo entre 45 minutos e duas horas das simulações.

Além disso, a nave Rosetta conseguiu captar o “canto” do cometa — não, não é nada de "Lindo Balão Azul". A série de sons, que foi identificada pela primeira vez em agosto, precisou ser editada, já que as ondas emitidas oscilam entre as frequências de 40 e 50 milihertz, bem abaixo do que o ouvido humano consegue captar. Por isso, as frequências precisaram ser aumentadas em cerca de 10 mil vezes. Ouça aqui.
Segundo o blog da missão, o som deve ser resultado da atividade do próprio cometa, mas ninguém tem muita certeza:
“Os cientistas acham que [o som] deve ser produzido, de alguma maneira, pela atividade do cometa, à medida que ele libera partículas neutras no espaço, onde elas se tornam eletricamente carregadas graças a um processo chamado ionização. Mas o mecanismo físico preciso por trás das oscilações ainda é um mistério.”
Bom, ainda não sabemos o que é, mas já tem gente fazendo mash-ups com o som. Será que teremos uma invasão alien motivada por direitos autorais? Espero que não.

Fonte: nsn notícias

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