Nove cidades que podem perder a guerra contra o aumento dos mares

 

Os oceanos da Terra aumentaram em média de 19 centímetros entre 1870 e 2004, de acordo com um estudo da revista Geophysical Research Letters. Projeções do Conselho de Pesquisa Nacional dos EUA alertam que os mares podem subir entre 56 e 200 cm durante o século 21.
Abaixo estão nove populares cidades ameaçadas pelo invasão do mar.

Nova Orleans, EUA

Nova Orleans
Nova Orleans, no sul dos EUA, enfrenta uma dupla ameaça da terra e do mar.
A fundação enlameada não é firme o suficiente para suportar a cidade. Enquanto Nova Orleans afunda em seus pés de barro, o Golfo do México está aumentando vagarosamente seu volume de água.
A inundação desastrosa após o furacão Katrina, em 2005, colocou Nova Orleans em modo de defesa, mas mesmo os melhores esforços podem não ser suficientes.
Grande parte da cidade já está cerca de 1,5 a 3 metros abaixo do nível do mar. Um relatório do Serviço Geológico dos EUA advertiu que o oceano pode subir 2,5 a 4 metros acima da cidade em 2100.

Nova York, EUA

Metrô de Nova York alagado
Nova York também teve estragos causados pela afluência do mar durante uma tempestade. Depois da supertempestade Sandy submergir partes da cidade e tirar a vida de 43 pessoas, o prefeito Michael Bloomberg orçou um projeto de 19,50 bilhões de dólares para a construção de defesas e revisão de  regulamentos de zoneamento para evitar os efeitos do aumento do oceano. Esse investimento seria mais ou menos igual ao custo dos danos da supertempestade Sandy para a cidade.
Investir em medidas preventivas pode salvar Nova York de danos futuros. Long Island e Hudson River Valley podem experimentar aumentos do nível do mar entre 30 e 60 cm em 2080, de acordo com o Departamento de Conservação de Nova York.

Miami, EUA

Miami
A próspera cultura praiana de Miami, junto com grande parte do resto da cidade, pode ser engolida pelo Atlântico dentro do próximo século.
Ao contrário de Nova York, diques e muros marítimos podem não ser eficazes. A camada de calcário poroso que se encontra abaixo da cidade pode permitir que a elevação do nível do mar escoe sob a cidade. Fontes de água doce subterrâneas, ou aquíferos, já sofrem com a contaminação com água salgada na área.

Veneza, Itália

Veneza
Os pitorescos e românticos canais e pontes de Veneza fornecem uma labirinto arquitetônico que conecta centenas de ilhas dentro de Veneza, na Itália. Mas a cidade tem uma longa história de inundação do Mar Adriático, e com o aumento do nível do mar e a subsidência batendo de ambos os lados das portas de 6,7 bilhões de dólares em construção, as apostas são altas para proteger a cidade quando os portões flutuantes começarem a funcionar no próximo ano.
Comparações da cidade moderna com pinturas do século 18 sugerem que a cidade afundou mais de 60 centímetros desde 1727.
O afundamento contínuo de Veneza combinado com o aumento do nível do mar irão aumentará a inundação de Veneza cerca de 4 mm por ano. Em 2032, a cidade pode afundar mais de 80 mm.

Bangkok, Tailândia

Bangkok
Bangkok atrai mais de 10 milhões de turistas por ano, de acordo com o Departamento de Turismo da Tailândia. No entanto, a ameaça de inundações catastróficas poderia diminuir o entusiasmo dos turistas. Durante décadas, o uso de águas subterrâneas afundou a cidade dentro do próprio terreno que foi construída, mas as recentes ações para restringir o uso de águas subterrâneas reduziram a taxa de subsidência da cidade.
Ainda assim, a cidade de Bangkok sofreu inundações catastróficas em 2011 (imagem acima), e essas inundações podem ter sido um gostinho do novo normal para a capital da Tailândia. Bangkok e outras cidades costeiras tropicais podem enfrentar maiores aumentos do nível do mar do que as cidades do norte, como Nova York, além de um crescente número de ciclones tropicais e furacões. Embora muitos países tropicais, incluindo a Tailândia, contribuam proporcionalmente menos para as causas das mudanças climáticas do que as nações do norte, áreas tropicais deverão sofrer alguns dos piores danos da elevação dos oceanos e temperaturas.
As leis da física não estão fazendo nada para corrigir esta injustiça. Conforme o gelo dos pólos derrete, a água flui em direção ao equador, formando uma protuberância devido às forças criadas pela rotação da Terra. Isso faz com que o nível do mar suba mais nos trópicos do que no norte.

Xangai, China

Enchente em Xangai
A localização de Xangai, na foz do rio Yangtze, a tornou uma potência comercial ao longo dos séculos, mas a mesma localização também a torna altamente suscetível a inundações.
Uma pesquisa revelou que a cidade chinesa enfrenta um grave perigo com o aumento do nível do oceano e outros efeitos das mudanças climáticas. No entanto, as autoridades da cidade afirmam que os bilhões de yuans gastos em medidas de controle de cheias e drenagem de águas pluviais fizeram a cidade mais resistente à elevação do nível do mar.

Holanda

Comportas na Holanda
Além de cidades individuais, a elevação dos oceanos ameaça algumas nações inteiras, como a Holanda. A nação já depende da engenharia para conter o aumento do nível do mar, como as comportas mostradas acima. A elevação do nível do mar e tempestades mais intensas tornarão mais difícil para Rotterdam e outras cidades holandesas manter a cabeça acima da água, de acordo com a mesma pesquisa que alertou para as inundações em Xangai.

Bangladesh

Enchente em Bangladesh
A elevação dos oceanos também ameaça inundar grande parte de Bangladesh. Um aumento de 1,5 metros no nível do mar poderia submergir 22 mil quilômetros quadrados do país, de acordo com o Programa Ambiental das Nações Unidas. Dezoito milhões de pessoas podem ser afetadas por esta inundação.
Se a costa de Bangladesh desaparecer, o mesmo acontecera com grande parte da floresta de Sundarbans. Este ecossistema manguezal fornece o habitat para os tigres de Bengala, crocodilos agressivos e suas presas, incluindo veados chital e macacos rhesus. A região atrai turistas que contribuem para a economia de Bangladesh.

Maldivas

O ministro Ibrahim Didi assina uma declaração exortando os países a reduzir as emissões de dióxido de carbono
Enquanto a Holanda e Bangladesh podem encarar o desastre, as Maldivas parecem estar condenadas a cumprir o destino de Atlântida. O ponto mais alto das Maldivas está a 2,4 metros acima do oceano. A média é de apenas cerca 1,5 metros.
 
O turismo é uma enorme parte da economia das Maldivas. Receitas do turismo podem ajudar a nação a reassentar seus cidadãos conforme o oceano engole o país.  Em 2008, o governo das Maldivas começou a desviar uma parte das receitas de turismo para comprar terras onde 300 mil residentes podem residir após sua terra natal desaparecer.
Nesta foto de 2009, o ministro Ibrahim Didi assina uma declaração exortando os países a reduzir as emissões de dióxido de carbono. [Discovery News]
Fonte: Mistérios do mundo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

MENSAGEM DE TRIGUEIRINHO SOBRE O NOSSO PLANETA E NÓS

Extraterrestres entre nós